terça-feira, 13 de maio de 2008

Sobre o sentido da vida e o especificamente humano

Como pretendo redigir eu mesmo um pouco do que tenho aprendido no curso de formação em logoterapia, ministrado pela Sobral, apresento apenas um excerto de Gabriel Perissé, citando o próprio Viktor Frankl:

***

O criador da Logoterapia, Viktor Frankl, relata que certa vez foi ministrar uma palestra num presídio norte-americano e lá soube de um homem chamado Aaron Mitchell, condenado à morte, que na manhã do dia seguinte seria executado na câmara de gás. Pediram ao Dr. Frankl que lhe dirigisse algumas palavras. O problema é que só poderia comunicar-se com ele por intermédio de um microfone, de modo que todos os demais presidiários o ouviriam também:

“Imaginem a situação e a minha vergonha diante desse pedido. Mas eu tinha de dizer alguma coisa ao condenado, e acabei improvisando mais ou menos estas palavras — ‘Sr. Mitchell, de alguma forma penso que posso compreender a sua situação. Afinal, também eu vivi alguns anos à sombra da câmara de gás. Mas, acredite em mim, mesmo naquela situação não duvidei em momento algum do sentido incondicionado da vida. Ou a vida tem um sentido, e então ela o retém mesmo que vivamos um tempo relativamente curto; ou, se não o tiver, não o ganharia mesmo que vivamos toda a eternidade. Até uma vida falhada, cujo passado parece totalmente destituído de sentido, pode ainda ser preenchida de forma retroativa pela maneira como tomamos posição diante de nós mesmos e nos transcendemos a nós próprios nessa tomada de posição.’

Mais, clique aqui.

Um comentário:

Marie Tourvel disse...

É meu querido, não tem jeito. Esse blogue já me pegou de jeito, viu? Vou te visitar sempre. E espero você lá no Letras também. Beijos